sexta-feira, 4 de novembro de 2011

rato falho

do tapete
brotam os atos
falhos de rabos enormes
a medida da mordida meu corpo é incapaz de conhecer
o olho falsea a imagem
a boca abre e tranca um canto calado
noutro dia começam a sair de novo
pequeninos.
partículas rachadas, aceleradas
avançam.
insólitos, frios, inapreensíveis
não se sabe de onde vêm
a não ser pela vaga lembrança
do colo de nanar colchão
do ouvir o vento e a escuridão da noite
do fôlego que falta enquanto as pernas agarram o corpo
outro.
abofadas.
abafadas-afobadas
descuidadas, por demasia de cuidado
com o r desconhecido
este que vem antes do ato
que falta, que falha
fala sempre.
a palavra não dita
que se escondeu debaixo do carro
foi pega de assalto
e saiu pra conhecer o r
o que nunca se soube, que não quer saber, que sabe em demasia
transparente como o cuidado que falha
o r que sobra
o ato que falta.

Um comentário:

  1. Eu sou o r.

    Que roe a mente doente.
    Que antecede, que falha,
    Que ressignifica o ato.

    R serei sempre
    Ridiculamente r
    Torto a te torrrrrturrrarrrrrr!

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