quinta-feira, 12 de março de 2009

esperando o vento
à luz da lua
ao som do trompete
que uma vez viu soar como gongo
numa noite sem lua
sem estrelas
sem céu
sem chão.
esperando o vento
esperando a lua
ouvindo agora o clarinete
sentindo o calor da lareira
a mulher dobrou os lençóis
fez a mala do marido
penteou os cabelos das crianças
e voltou à janela
ao esperar
ao nada
ao lugar de sempre
ao vento.

Um comentário:

  1. o quanto de folha, o quanto de gota, o quanto de vento.

    ou

    quanto tempo pode durar um sorriso.

    é

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