segunda-feira, 10 de agosto de 2009

a quatro mãos

contra-afeto/ continuação do texto do dia 15 de julho, enviada por léo costa:

(...) "o mesmo véu de todos os voôs, o que desafia desfiladeiros e que ilumina as visões dos vales, que acompanha o pássaro e seu bater de asas. não vi as mesmas coisas, vi as minhas coisas, a menina e as cores cegas do arco-íris e um tesouro que nem quer se esconder, que não quer mapas com um xis marcado.
o véu de uma noiva do sol, do céu e daquela flor que tem um cheiro que lembra meus doze, onze, nove anos, minha vida em um canto, antes das viagens, antes de palcos e cenas ensaiadas.o menino fica lá, bem guardado,(o baú dos tesouros?, dos besouros?).
toda cor que agora o véu quer mostrar, do alto, sentindo leve vento no rosto, entre orquídeas e ciprestes, entres deuses, alerquins e meus pequenos demônios, o ar.

o véu vem feito um toque suave na pele, nos genitais, nos mais decididos ais, nos suspiros e respiros. numa alegria qualquer, mas ímpar."

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