quarta-feira, 3 de agosto de 2011

os googles

raptaram-me por algumas horas. havia tanto de mim neste lugar, que fiquei atônita. bater na porta e perceber que não havia mais porta, nem teto, nem parede, nos faz ver toda a imensidão do de fora. sem coberta... devolveram-me. devolveram-me quase inteira. devolveram-me morta, outra. pediram desculpas, no melhor tom cristão. eles, que não têm corpo, que habitam nossos imaginários, que guardam nossos segredos e, vez ou outra, os sopram na noite para devolver os cacos no meio da madrugada.

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