terça-feira, 28 de abril de 2009

não. não há sossego. não há descanso. as coisas chegam, empilhadas. sem pausa. sem respiro. e agora, chegada de uma madrugada inominável, despejo toda a minha descrença com o que poderia vir a ser. ana, me diz, minha querida ana... você acredita? você ainda acredita? penso eu, querida ana, desde o dia em que os ovos se quebraram e escorreram pelas redes da sacola: o que mais existe além disso tudo? qual segredo pode haver no tal rizoma? não. não posso encontrar. não. não acredito. não agora, com o pneu furado, o carro desbalanceado e o sorriso, ainda, de um lado só. meu desejo é grande. e eu, além de ser pequena, não tenho sentido as pontas dos dedos. tornei-me um peixe. sem afeto. com afeto demais. e só. só isso. com afeto em gota escorrendo pelas redes da gaiola.

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